O Direito ao Esquecimento nos Meios de Comunicação: Análise da Jurisprudência do STJ e do STF

Authors

  • Audrey Kramy Araruna Gonçalves Mestranda no Programa de Pos-Graduação Profissional em Direito da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – ENFAM. Juíza de Direito https://orcid.org/0000-0002-3458-0029
  • Antônio César Bochenek Doutor pela Universidade de Coimbra, Portugal. Juiz Federal. Diretor do Ibrajus. Professor da Esmafe/Pr. Professor do Programa do Mestrado da Enfam. Professor da UEPG https://orcid.org/0000-0001-6173-9368

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00014.11

Keywords:

Right to be forgotten, Federal Court of Justice, Theme 786, Personality law, Freedom of expression, Aida Curi case, Unconstitutionality, Censorship

Abstract

The aim of this article is analyze the receptivity or not of rights to be forgotten in media by the Brazilian superior courts, through studies of cases judged by Superior Court of Justice and Supreme Court. The right to be forgotten, consisting in possibility of prohibiting broadcast of true news after a long time since the occurrence of facts. There is no provision in Brazilian law and Judiciary is competent to analyze its compatibility with the federal Constitution. The relevance of theme is expanding due to expansion of communication vehicles and instantaneous sharing of information on world wide web. Revival of past facts can cause damages to those involved and threaten the rights to image. The methodology adopted was jurisprudencial research in Superior Courts. The decisions from STJ in REsp 1.334-097-RJ (case “Chacina da Candelária”), REsp n. 1.335.153-RJ (case “Aída Curi”) and REsp 1.736.803-RJ (case “Daniela Perez”), considered most emblematic, and decision of Extraordinary Appeal n. 1.010.6050 (case “Aída Curi”) from STF. As a result of research it was verified that the apparent conflict between constitutional right to freedom of expression and personality rights is the central subject of Supreme Court decision in Extraordinary Appeal n. 1.010.6050, which recognizes unconstitutionality of the required right to oblivion for infringe public interest of having access to information, excepted of the possibility of a case analysis, based on constitutional principles such as personality rights and human dignity. The judgment, with a General Repercussion character, generated Theme 786.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Brasília, DF, Senado Federal, 1988, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 30 jul. 2021.

BRASIL, Decreto-lei n. 2.848, de 06 de dezembro de 1940, Código Penal, 1940, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>, Acesso em 30 jul 2021.

BRASIL, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código Civil, 2002, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm>, Acesso em 30 jul 2021.

BRASIL, Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014, Marco Civil da Internet, 2014, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm>, Acesso em 30 jul 2021.

BRASIL, Supremo Tribunal Federal, Recurso Extraordinário 1.010.606/RJ, Caso Aída Curi, Recorrente: Nelson Curi, Recorrido: Globo Comunicação e particpações S/A, Relator: Min.Dias Tofolli, 2021, Disponível em <http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=5091603>, Acesso em 30 jul 2021

BRASIL, Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial 1.334-097-RJ, Caso Chacina da Candelária, Recorrente: Globo Comunicações e Participações S/A, Recorrido: Jurandir Gomes de França, Relator: Min.Luís Felipe Salomão, 2013, Disponível em <https://processo.stj.jus.br/processo/pesquisa/?tipoPes quisa=tipoPesquisaNumeroRegistro&termo=201201449107&totalRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea> Acesso em 30 jul 2021.

BRASIL, Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial 1.335.153-RJ, Caso Aída Curi, Recorrente: Nelson Curi e outros, Recorrido: Globo comunicação e participações S/A, Relator Min. Luís Felipe Salomão, 2013,Disponível em <https://processo.stj.jus.br/processo/pesquisa/?tipoPesquisa=tipoPesquisaN umeroRegistro&termo=201100574280&totalRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea:>, Acesso em 30 jul 2021.

BRASIL, Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial 1.736.803-RJ, Caso Daniela Perez, Recorrente: N. P. e outros, Recorrido: Três Editorial Ltda, Relator Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 2020,Disponível em <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/855169081/recurso-especial-resp-1736803-rj-2017-00267 27-9/inteiro-teor-855169091?ref=serp>, Acesso em 30 jul 2021.

EUROPA, Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia (Grande Câmara), Processo C-131/12 (Caso Costeja), 2014, Disponível em <https://curia.europa.eu/juris/document/document_print.jsf?doclang=EN&text=&pageIndex=0&part=1&mode=DOC&docid=152065&occ=first&dir=&cid=667631> Acesso em 30 jul 2021.

FERREIRA, Maria Letícia Mazzuchi, “Políticas da Memória e políticas do esquecimento”, São Paulo, PUC-SP, Revista Autora, n. 10, 2011, Disponível em <https://revistas.pucsp.br/index.php/auror a/article/view/4500/3477>, acesso em 30 Maio 2021.

HUNTON, ANDREWS KURTH, CJEU mantém o direito de apagar no caso de pesquisa do Google, 2014, Disponível em <https://www.huntonprivacyblog.com/2014/05/21/eu-court-justice-upholds-right-erasure-google-search-case/ >Acesso em 30 jul 2021.

LIMA, Henrique Cunha Souza Lima, Direito ao Esquecimento na Internet: Efetividade e Perspectivas De acordo com a LGPD (Lei n. 13.709/2018) e a Lei n. 13.853/2019, Belo Horizonte, Editora Fórum, 2020.

MARTINEZ, Pablo Dominguez, Direito ao esquecimento: a proteção da memória individual na sociedade da informação, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2014.

MORAES, Melina Ferrancini de, O Direito ao esquecimento na internet no contexto das decisões judiciais no Brasil, São Paulo, 2016, Disponível em <http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/2885,> acesso em 31 Maio 2021

PINHEIRO, Denise, A liberdade de expressão e o passado: desconstrução da ideia de um direito ao esquecimento, Florianópolis, 2016, Disponível em <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/169667/3%2042648.pdf?sequence=1&i%20sAllowed=y>, acesso em 31 Maio 2021.

SEGATO, Luana, Saúde Mental – Infoxicação: os excessos de interações virtuais estão contribuindo para o nosso adoecimento emocional?, 2020, Disponível em: <https://observatoriodacomunicacao.org.br /colunas/saude-mental-infoxicacao-os-excessos-de-interacoes-virtuais-estao-contribuindo-para-o-nosso-a doecendo-emocional/>, Acesso em 31 Maio 2021.

WU, Suzanne. Ph.D. student calculates how much information is in the world, USC Annenberg, School for Communication and Journalism, 2011, Disponível em <https://annenberg.usc.edu/news/published /phd-student-calculates-how-much-information-world>, Acesso em 30 Jul 2021.

Published

2022-06-30

How to Cite

Gonçalves, A. K. A., & Bochenek, A. C. (2022). O Direito ao Esquecimento nos Meios de Comunicação: Análise da Jurisprudência do STJ e do STF. Revista Internacional Consinter De Direito, 8(14), 274–288. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00014.11