Child born by artificial techniques using wrong genetic material: the weight rights in question

Authors

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00018.43

Keywords:

MAP, Error, Genetic material, Ethic, Paternity, Orphan newborn, Responsibility

Abstract

A recent case in Argentina, where a child was generated through Medically Assisted Procreation and was not the couple's biological daughter, reopened discussions on possible errors involving reproductive techniques. In this article, based on a bibliographical and documental review using a deductive method, beyond the responsibility of the centers that perform the procedure and the professionals involved, we deal with something more delicate: the rights of those who are born by "carelessness", with unknown paternity or questioned or even rejected, after life has been generated in an unconventional way. It starts with the following problematization: How can an error at the time of the PMA affect the personality rights of the person who was conceived from third-party genetic material? Technological advances in the  area of ​​human reproduction are undeniable and, in general, include couples prevented from having biological children without the use of such techniques, as is the case in Portugal and Brazil. We start from the hypothesis that life and ethics must be linked so that the rights of those born with PMA are properly ensured. And, more specifically, so that the person does not have their life violated at birth, growing up amid legal disputes and rejection of parents who are faced with DNA test results that confirm the absence of the expected genetic bond. In such cases, paternity can be disputed, even by the "owners" of eggs, sperm or embryos frozen and used by mistake, to generate, by reflex, the existence of orphan unborn children, without parents. It is concluded that there is an urgent need to review the regulations regarding responsibilities when failures occur in PMA processes. It is about the defense of human dignity, respect for biological truth and, therefore, the topic should be widely discussed both by society in general and by the scientific community.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Stela Marcos de Almeida Neves Barbas, Universidade Autónoma de Lisboa

Doutora em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e Mestre em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Prof.ª Univ. nos cursos de licenciatura, pós-graduação, mestrado e doutoramento em Portugal e no estrangeiro. Professora Associada da UAL. Professora Convidada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Leciona/lecionou nos Cursos de doutoramento da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal/Conselho Federal de Medicina Brasileiro. 

Manoel Pereira dos Santos Neto, Universidade Autónoma de Lisboa

Doutorando em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Brasil. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Brasil. Especialista em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral (FDC), Brasil. 

Shirlei Castro Menezes Mota , Universidade Autónoma de Lisboa

Doutoranda pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), Portugal. Mestre em Direito com especialização em Ciências Jurídicas pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. (UFRJ) Brasil. Pós-Graduada em Direito do Consumo e Contratos pela Universidade de Coimbra, Portugal; em Análise Internacional pela UFRJ. Advogada.

References

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, RDC n.º 29, de 12 de Maio de 2008, Ministério da Saúde, “Aprova o Regulamento técnico para o cadastramento nacional dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTG) e o envio da informação de produção de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento", Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2008/res0031_29_05_2008.html, acesso em 12 dez.2022.

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução - RDC Nº 23, de 27 de Maio de 2011(*), Ministério da Saúde, “Dispõe sobre o regulamento técnico para o funcionamento dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos e dá outras providências”, Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0023_27_05_2011_rep.html, acesso em 12 dez 2022.

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, “SISeMBRIO”, 13º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYmYxM2M1MTctNGE5ZC00ODdhLTk3ZTktYTBhMzBkMjhjYjM1IiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1ZjVlZGQ4MSJ9, acesso em: 12 jan 2023.

BARBAS, Stela, Direito do Genoma Humano, Almedina, Coimbra, 2007, Depósito Legal 264467/07.

BRASIL, Decreto Nº 5.591, DE 22 de Novembro de 2005, “Regulamenta dispositivos da Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição, e dá outras providências”, Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5591.htm, acesso em 20 dez 2022.

BRASIL, Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências., Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069compilado.htm, acesso em 10 jan.2023.

BRASIL, Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002, “Institui o Código Civil”, Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm, acesso em 10 jan.2023.

BRASIL, Lei nº 11.105, de 24 de Março de 2005, “Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscali-zação de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus deri-vados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências, Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm, acesso em 20 dez 2022.

CANOTILHO, Gomes; MOREIRA Vital, Constituição da República Portuguesa Anotada, Coimbra Editora, 4.ª ed, 2007, Vol. I.

CFM, Conselho Federal de Medicina, Resolução CFM 2.320, de 20 de Setembro de 2022, “Adota normas éticas para a utilização de técnicas de reprodução assistida sempre em defesa do aperfeiçoamento das práticas e da observância aos princípios éticos e bioéticos que ajudam a trazer maior segurança e eficácia a tratamentos e procedimentos médicos, tornando - se o dispositivo deontológico a ser seguido pelos médicos brasileiros e revogan-do a Resolução CFM nº 2.294, publicada no Diário Oficial da União de 15 de junho de 2021, Seção I, p. 60”, Disponível em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2022/2320, acesso em 20 dez 2022.

CRESCER Online, Casal processa clínica por implantar indevidamente embrião masculino em vez de feminino, em FIV, 28 Mar 2022, Disponivel em:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2022/03/casal-processa-clinica-por-implantar-indevidamente-embriao-masculino-em-vez-de-feminino-em-fiv.html, acessado em 10 mar 2023.

CRESCER Online, Mulher faz FIV, dá à luz e descobre que bebê não é seu, 31 Jan 2023, Disponível em https://revistacrescer.globo.com/tentantes/reproducao-assistida/noticia/2023/01/mulher-faz-fiv-da-a-luz-e-descobre-que-bebe-nao-e-seu.ghtml, acessado em 10 mar 2023.

CUNHA, José, Vai fazer um tratamento de Fertilização In Vitro? O que deve saber, Atlas da Saúde, 25 Mar 2019, Disponível em: https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vai-fazer-um-tratamento-de-fertilizacao-vitro-o-que-deve-saber, acessado em 10 Dez 2022.

FARIA, David Francisco de; MOTA, Shirlei Castro Menezes, Inseminação Post Mortem: Dilemas bioéticos e jurídicos na concepção de criança órfã em Portugal e no Brasil, pp, 469-491, Revista Internacional Consinter de Direito, n. XV, 2º semestre de 2022, p.484, DOI: 10.19135/revista.consinter.00015.00. DOI: https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00015.23

G1 Globo.com, Mulher dá à luz bebê de outra família por erro em clínica de fertilização: 'Perdemos 1 ano da vida de nossa filha', 09 Nov 2021, Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/11/09/casal-processa-clinica-de-fertilizacao-nos-eua-por-trocar-embrioes.ghtml, acessado em 10 jan 2023.

HISTORY UOL, No Brasil, nasce o primeiro bebê de proveta da América Latina, 31 Jul 2019, Disponível em: https://history.uol.com.br/hoje-na-historia/no-brasil-nasce-o-primeiro-bebe-de-proveta-da-america-latina, acesso em 15 dez 2022.

JABOIS, Manoel, Gravidez por engano após erro em inseminação artificial, El País Brasil, 17 fev 2017, Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/16/internacional/1487279459_796487.html, acesso em 18 out. 2022.

JORNAL MÉDICO, Primeira criança concebida por fertilização in vitro nasceu há 30 anos, Disponível em: https://www.jornalmedico.pt/mundo/31992-primeira-crianca-concebida-por-fiv-nasceu-ha-30-anos.html, acessado em 12 dez 2023.

MELO, João Ozório de, Bebê nascido por fertilização in vitro juridicamente não tem pai, ConJur, 19 Out.2017,Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-out-19/bebe-nascido-fertilizacao-in-vitro-juridicamente-nao-pai, acessado em 10 dez 2023.

MOTA, Shirlei Castro Menezes; BARBAS, Stela Marcos de Almeida Neves, “Direito à não discriminação e à verdade biológica dos nascidos por PMA Em Portugal e no Brasil”, pp 387-405, In Revista Internacional Consinter de Direito, n. XIII, 2º semestre de 2021, p.402, disponível em DOI: 10.19135/revista.consinter.00013.18. DOI: https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00013.18

ONU, Organização das Nações Unidas, Assembleia Geral, Resolução n.º 217 A (III), de 10 de dezembro de 1948, “Declaração Universal de Direitos Humanos”, Paris, 1948, Disponível em https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/531/edicao-1/declaracao-universal-dos-direitos-humanos-de-1948#:~:text=Em%201948%2C%20foram%20consagrados%20internacionalmente%20com%20a%20Declara%C3%A7%C3%A3o,a%20assinarem%2C%20sendo%20uma%20norma%20de%20soft%20law, acesso em 20 jan.2023.

PORTUGAL, ACÓRDÃO N.º 225/2018, Tribunal Constitucional, Disponível em: http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20180225.html, acesso em 12 jan.2023.

PORTUGAL, “DL n.º 47344/66, de 25 de Novembro”, Código Civil, Disponível em: https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/decreto-lei/1966-34509075, acesso em 10 dez 2022.

PORTUGAL, “Lei n.º 32/2006, de 26 de Julho”, Procriação Medicamente Assistida, disponível em: https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=903&tabela=leis&ficha=, acesso em 15 jan 2023.

UNICEF, Convenção sobre o Direito das Crianças, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989, Entrou em vigor em 2 de setembro de 1990, Disponível em: https://www.unicef.pt/media/2766/unicef_convenc-a-o_dos_direitos_da_crianca.pdf, aceso em 10 dez.2022.

ZIDKO, Erika, Troca acidental de embriões gera 'caso dramático' e debate jurídico na Itália, BBC News Brasil, 8 maio 2014, Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/05/140508_troca_embrioes_italia_pai_ez, acessado em 15 dez 2022.

Published

2024-06-30

How to Cite

Barbas, S. M. de A. N., Santos Neto, M. P. dos, & Mota , S. C. M. (2024). Child born by artificial techniques using wrong genetic material: the weight rights in question. Revista Internacional Consinter De Direito, 10(18), 931–946. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00018.43