Imputação objetiva e o caso do engraçado arrependido

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00018.23

Palavras-chave:

Dolo, Teorias do nexo causal, Imputação objetiva

Resumo

O presente trabalho tem por finalidade a análise da imputação objetiva, por meio do estudo de um caso hipotético, inspirado em um conto de Monteiro Lobato e utilizado como exemplo de meio psíquico de execução de homicídio por dois grandes penalistas brasileiros já falecidos: Edgard Magalhães Noronha e Nelson Hungria. Analisaremos o acerto ou desacerto do exemplo, recorrendo ao exame do dolo e às teorias da conditio sine qua non, da causalidade adequada, do domínio do fato e da imputação objetiva, investigando, ainda, qual teoria traz o resultado mais acertado. Para este estudo, foi utilizado o método lógico-dedutivo, com a aplicação das citadas teorias ao caso proposto.

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Biografia do Autor

Paulo Bueno de Azevedo , Universidade de Mogi das Cruzes

Doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo. Professor de Direito Penal na Universidade de Mogi das Cruzes e na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Juiz Federal na Seção Judiciária de São Paulo/SP. E-mail: pbuenojud@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9440-4580.

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Publicado

2024-06-30

Como Citar

Azevedo , P. B. de. (2024). Imputação objetiva e o caso do engraçado arrependido. Revista Internacional Consinter De Direito, 10(18), 527–544. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00018.23