A Politização Da Justiça: Um Réquiem Para A República

Autores

  • Nilson Tadeu Reis Campos Silva Pós-doutor em História do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL); Doutor em Sistema Constitucional de Garantia de Direitos pela Instituição Toledo de Ensino (ITE-Bauru Professor Adjunto da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Professor do programa de pós-graduação stricto sensu da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Instituição: Universidade Estadual de Maringá – PR e Universidade Estadual do Norte do Paraná – PR https://orcid.org/0000-0002-4158-0502

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00010.27

Palavras-chave:

jurisdição constitucional, ativismo judicial, segurança jurídica

Resumo

O presente texto procura detectar, pelo método indutivo, as principais fissuras da República brasileira provocadas pela atuação da jurisdição constitucional em áreas específicas: a do controle da constitucionalidade de normas infralegais e a do protagonismo legisferante do Supremo Tribunal Federal. Abrange desde a análise tópica e reflexiva da sua jurisprudência, sobre liberdade de expressão e sobre transfusões de sangue, até a incoerência decisória ao envolver questões sensíveis à sociedade e ao indivíduo. Apresenta corte epistemológico fulcral para se ofertar um constructo tutelar pensado em políticas sociais de responsabilidade do Estado. Com espeque nas várias teorias jurídicas tecidas, procura-se enfatizar a necessidade de se obter uma resposta correta, apontando para a necessidade de superação do positivismo sem adesão ao ativismo político-ideológico, de modo a dar prevalência à segurança jurídica.

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

Silva, N. T. R. C. (2020). A Politização Da Justiça: Um Réquiem Para A República. Revista Internacional Consinter De Direito, 6(10), 551–564. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00010.27