Mediação Humanista: A Mediação como Caminho e o Caminho da Mediação
DOI:
https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00002.19Palavras-chave:
Mediação Humanista, Solução de Conflitos, Cultura de PazResumo
Por volta das décadas de 70 e 80, uma série de movimentos, estudos e práticas vem tentando promover uma inversão cultural, difundindo a cultura da não violência ou cultura da paz. Movimentos de alternativas à Justiça ou mesmo de práticas inovadoras inseridas nos modelos de Justiça tradicionais, como Justiça Restaurativa, praticada por Howard Zehr; a Mediação Humanista, criada por Jacqueline Morineau e processos pedagógicos de diálogo e educação à não violência, como a Comunicação Não-Violenta de Marshall Rosenberg, fazem parte desse contexto. Amplamente difundida na França e em vários países europeus, a Mediação Humanista, objeto deste estudo, inspirada na tragédia grega, desenvolve-se por meio de um procedimento dividido em três fases – Theoria, Crisis e Catharsis –, capazes de produzir o desenlace do nó conflitual. Esta experiência, praticada e difundida pelo CMFM (Centre de Médiation et de Formation à la Médiation) de Paris, vem apresentando grande êxito junto à Procuradoria da República de Paris, solucionando cerca de 80% dos conflitos apresentados.
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