A cognição da subordinação virtual e o binômio da flexibilidade/controle das plataformas virtuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00019.33

Palavras-chave:

Plataformas Virtuais, Relação de emprego, Direito do Trabalho, Flexibilização, Regulamentação

Resumo

O Direito do Trabalho tem por objetivo produzir segurança jurídica nas relações de trabalho, contudo, no tema em questão, não há até o presente momento uma norma concreta quanto às relações de trabalho no contexto da subordinação virtual. Nesse sentido, surge o seguinte questionamento: Considerando a ausência normativa da matéria dos trabalhadores por aplicativos, como solucionar as consequências de uma possível precarização do trabalho e de potencial violação aos preceitos internacionais de direitos humanos? Partindo desse pressuposto, a pesquisa pretende investigar a cognição da subordinação algorítmica, e como tal tentativa pode solucionar os entraves do modelo clássico de subordinação. O método de abordagem utilizado é o sistêmico e quanto aos procedimentos adotados, são o histórico, estruturalista e tipológico, compreendendo o modelo clássico da relação de emprego como paradigma da nova estruturação. O método interpretativo é o sistemático, para analisar as diretrizes do sistema. Ademais, a pesquisa toma por suporte as fontes bibliográficas. Como resultados, entende-se que a ausência de norma que incida sobre os chamados “trabalhadores de aplicativos” só corrobora a possibilidade do trabalho precário, contudo, a mudança de tal realidade incube também ao Poder Legislativo, com a propositura e andamento de projetos de lei relacionado ao tema, não necessariamente enquadrando as relações no tipo empregatício, mas, estabelecendo um padrão protetivo mínimo. No âmbito nacional e internacional, a manutenção da realidade não regrada e precária fere o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e rompe com o tratado internacional do trabalho digno da Convenção 189 da OIT.

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Biografia do Autor

Denise Fincato , Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pós-Doutora em Direito pela Universidad Complutense de Madrid. Doutora em Direito pela Universidad de Burgos. Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Titular da Cadeira nº34 da Academia Sul-rio-grandense de Direito do Trabalho. Professora Pesquisadora do PPGD da PUCRS. CEO do Instituto Workab. Advogada e Consultora trabalhista.

Emelly Moura , Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestranda em Direito pela PUCRS. Advogada, membro da Sociedade Internacional de Direito do Trabalho (SIDTSS), membro do Instituto Latino Americano de Direito do Trabalho (ILTRAS), pós-graduada em Direito Constitucional e Processual Trabalhista. Bacharel em Direito pela UNICAP. Pesquisadora como bolsista pelo CNPq no ano de 2016-2019.

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Publicado

2024-12-21

Como Citar

Fincato , D., & Moura , E. (2024). A cognição da subordinação virtual e o binômio da flexibilidade/controle das plataformas virtuais. Revista Internacional Consinter De Direito, 10(19), 703–718. https://doi.org/10.19135/revista.consinter.00019.33